Polícia Civil: Simulado 60 Questões de Noções de Direito com Gabarito III
Explore questões inéditas e criativas que desafiam sua compreensão das bases constitucionais, penais e processuais penais, aspectos fundamentais para uma atuação jurídica sólida e para o domínio de conceitos indispensáveis no contexto policial e investigativo.
CONCURSOS
Shyrlene Chicanelle
12/14/202417 min read


Este simulado aborda temas centrais de Noções de Direito, incluindo os princípios fundamentais e direitos constitucionais, a teoria do crime no Direito Penal e as competências e procedimentos no Direito Processual Penal. É uma oportunidade de testar conhecimentos essenciais para o concurso de Investigador da Polícia Civil de Minas Gerais.
1. Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 incluem valores essenciais que orientam o ordenamento jurídico. Entre esses princípios, destaca-se a prevalência dos direitos humanos, que significa:
a) Garantia de que as normas infraconstitucionais possam ser criadas sem limites materiais.
b) Reconhecimento de que a soberania é absoluta perante os tratados internacionais.
c) Prioridade da dignidade da pessoa humana e proteção dos direitos fundamentais.
d) Exclusividade do poder Executivo em decidir questões sobre direitos humanos.
e) Supremacia da ordem econômica sobre os direitos individuais.
2. De acordo com a Constituição Federal, o direito à igualdade implica que:
a) Todas as pessoas devem ser tratadas de forma idêntica em todas as situações.
b) É permitido discriminar grupos minoritários em favor do interesse público.
c) O tratamento desigual é vedado, mesmo em casos de justiça social.
d) É legítima a adoção de medidas diferenciadas para promover a equidade.
e) O Estado não pode interferir na autonomia privada em nenhuma hipótese.
3. No contexto da teoria do crime, a tipicidade é definida como:
a) A relação de causalidade entre a conduta e o resultado.
b) A ausência de justificativas legais para o ato criminoso.
c) A adequação da conduta praticada a uma norma penal incriminadora.
d) O dolo ou a culpa necessários para caracterizar o crime.
e) A reprovabilidade da conduta praticada pelo agente.
4. Um dos elementos constitutivos do crime é a culpabilidade, que representa:
a) A conformidade da conduta com o tipo penal previsto na lei.
b) A análise da intenção ou negligência do agente no momento do ato.
c) A impossibilidade de aplicar penas em casos de legítima defesa.
d) A inexistência de dolo ou culpa no comportamento do agente.
e) A autorização legal para a prática de determinados atos lesivos.
5. O princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição Federal, estabelece que:
a) Ninguém será condenado sem que tenha apresentado defesa prévia.
b) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
c) Todos têm direito à liberdade provisória sem qualquer condicionante.
d) A detenção é vedada em qualquer circunstância antes do julgamento final.
e) O ônus da prova recai sobre a defesa em processos criminais.
6. O crime de furto, previsto no Código Penal, é classificado como um crime de:
a) Perigo abstrato.
b) Dano.
c) Mera conduta.
d) Omissão.
e) Culposo.
7. Na esfera do Direito Processual Penal, o inquérito policial é:
a) Uma fase facultativa do processo penal que ocorre após o oferecimento da denúncia.
b) O procedimento de investigação preliminar destinado a apurar a autoria e a materialidade do crime.
c) Um ato formal para execução imediata da pena após a condenação.
d) A etapa em que o réu apresenta provas de sua defesa antes do julgamento.
e) A análise de mérito realizada pelo Ministério Público.
8. O princípio da proporcionalidade, em matéria penal, significa que:
a) As penas devem ser aplicadas de acordo com a gravidade do crime e as circunstâncias do caso.
b) É vedada a aplicação de medidas cautelares antes da sentença condenatória.
c) A duração do processo penal deve ser limitada a 180 dias.
d) O juiz deve considerar exclusivamente a pena mínima prevista na lei.
e) Todas as penas restritivas de liberdade são aplicadas de forma idêntica.
9. De acordo com o Código Penal, os crimes culposos diferenciam-se dos dolosos porque:
a) Não envolvem resultado material lesivo.
b) A intenção de cometer o ato é evidente e explícita.
c) O agente atua sem a intenção de praticar o ilícito, mas com negligência, imprudência ou imperícia.
d) São punidos apenas com penas de multa.
e) Não dependem de previsão expressa no tipo penal.
10. Sobre os princípios do processo penal, a competência para julgar crimes de responsabilidade do Presidente da República é do:
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Tribunal de Justiça do Estado.
d) Senado Federal.
e) Tribunal do Júri.
11. O princípio da publicidade no Direito Processual Penal assegura que:
a) Todos os atos processuais são públicos, sem exceções.
b) Nenhuma informação sobre o processo pode ser sigilosa.
c) Os atos processuais são, em regra, públicos, salvo quando o sigilo for imprescindível para a defesa da intimidade ou interesse social.
d) Apenas o Ministério Público pode solicitar o sigilo de um processo.
e) Os autos são restritos ao juiz e às partes envolvidas no processo.
12. A suspensão condicional da pena, prevista no Código Penal, pode ser aplicada quando:
a) O réu for reincidente em crimes dolosos.
b) A pena privativa de liberdade for inferior a 2 anos e o réu preencher os requisitos legais.
c) A pena imposta for superior a 4 anos.
d) O condenado optar por substituir a pena por medidas cautelares.
e) Não houver previsão de medidas restritivas de direitos.
13. O conceito de flagrante preparado refere-se a:
a) Situação em que a autoridade policial surpreende o agente durante a prática do crime.
b) Caso em que a prática criminosa é induzida por provocação de terceiro, tornando o flagrante inválido.
c) Ato de prisão realizado sem autorização judicial.
d) Prisão do agente que comete crime imediatamente após ser descoberto.
e) Circunstância em que o agente se apresenta voluntariamente à autoridade.
14. O princípio da legalidade, no Direito Penal, estabelece que:
a) A aplicação das penas pode ser retroativa, desde que benéfica ao réu.
b) Nenhuma pena será aplicada sem que haja expressa previsão legal anterior ao fato.
c) O juiz pode determinar penas de acordo com o senso comum.
d) A legislação penal não precisa ser específica para cada tipo de crime.
e) É permitido julgar casos criminais com base em costumes.
15. A competência para julgar crimes dolosos contra a vida, segundo o Código de Processo Penal, é do:
a) Tribunal do Júri.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal.
e) Juizado Especial Criminal.
16. A medida cautelar de prisão preventiva poderá ser decretada quando houver:
a) Necessidade de assegurar a ordem pública, a ordem econômica, ou por conveniência da instrução criminal.
b) Suspensão condicional da pena pelo juiz.
c) Acusação baseada exclusivamente em indícios.
d) Pedido exclusivo da defesa.
e) Decisão administrativa de autoridade policial.
17. Os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal incluem:
a) Apenas direitos individuais, excluindo os sociais e políticos.
b) Liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
c) Garantias processuais, sem previsão de direitos materiais.
d) Exclusivamente garantias relativas à saúde e educação.
e) Direitos difusos aplicáveis somente ao meio ambiente.
18. No Direito Penal, o arrependimento eficaz ocorre quando:
a) O agente tenta evitar o resultado, mas não consegue.
b) O crime não chega a ser consumado por circunstâncias alheias à vontade do agente.
c) O agente impede voluntariamente que o resultado previsto no crime ocorra.
d) O resultado ocorre, mas o agente se apresenta espontaneamente à autoridade.
e) A vítima desiste de registrar a ocorrência do fato criminoso.
19. A competência do Tribunal Regional Federal abrange:
a) Crimes eleitorais.
b) Crimes praticados contra bens, serviços ou interesses da União.
c) Crimes dolosos contra a vida.
d) Infrações administrativas.
e) Crimes de responsabilidade cometidos por governadores.
20. O princípio da intranscendência das penas, previsto no art. 5º, XLV, da Constituição Federal, determina que:
a) Nenhuma pena será aplicada em situações de dúvida sobre a autoria.
b) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
c) As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas retroativamente.
d) A pena de prisão deve ser acompanhada de medidas de ressocialização.
e) O condenado terá direito a revisão de sua pena após o cumprimento de metade dela.
21. O princípio do devido processo legal, previsto no art. 5º, LIV, da Constituição Federal, assegura que:
a) Nenhuma pena será aplicada sem previsão legal.
b) O réu terá direito a julgamento público com acesso irrestrito à imprensa.
c) Ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
d) Todos os atos processuais serão sigilosos, salvo decisão contrária da autoridade judicial.
e) O acusado poderá ser condenado sem ampla defesa se houver provas suficientes.
22. De acordo com a teoria geral do crime, o dolo direto ocorre quando:
a) O agente não deseja o resultado, mas o aceita como consequência de sua conduta.
b) O agente age com negligência, imprudência ou imperícia.
c) O agente quer o resultado e dirige sua conduta para alcançá-lo.
d) A conduta do agente causa um resultado diverso do pretendido.
e) O resultado ocorre por força de circunstâncias independentes da vontade do agente.
23. No Direito Processual Penal, o princípio do contraditório implica que:
a) O acusado pode ser condenado sem ser ouvido, desde que exista prova suficiente.
b) Todas as partes do processo têm direito de se manifestar e de ter suas alegações consideradas.
c) O juiz pode decidir livremente, sem ouvir o réu, em casos de flagrante delito.
d) O direito à defesa é limitado às audiências de instrução e julgamento.
e) A acusação não é obrigada a apresentar provas de sua tese.
24. O erro de tipo ocorre quando:
a) O agente não tem consciência de que sua conduta é proibida pela lei penal.
b) A vítima induz o agente a acreditar que sua conduta é legítima.
c) O agente pratica uma conduta por coação irresistível.
d) O agente desconhece circunstâncias que excluem a tipicidade da conduta.
e) O resultado ocorre sem que o agente tenha intenção ou culpa.
25. No sistema penal brasileiro, o Tribunal do Júri é competente para julgar:
a) Crimes culposos contra a vida.
b) Crimes dolosos contra a vida.
c) Crimes contra o patrimônio público.
d) Infrações administrativas de servidores públicos.
e) Crimes de responsabilidade cometidos por prefeitos.
26. De acordo com o Código Penal, a coação moral irresistível é considerada:
a) Uma causa de exclusão da ilicitude.
b) Uma causa de exclusão da culpabilidade.
c) Uma circunstância atenuante da pena.
d) Um elemento do erro de tipo.
e) Uma hipótese de excludente de tipicidade.
27. A interceptação telefônica poderá ser autorizada, de acordo com a legislação vigente, quando:
a) O sigilo das comunicações puder ser mantido pelo Ministério Público.
b) Houver indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal.
c) O crime investigado for punido com pena de detenção.
d) As provas puderem ser obtidas por outros meios.
e) Não houver necessidade de autorização judicial em casos de urgência.
28. O princípio da dignidade da pessoa humana, no Direito Constitucional, está relacionado a:
a) Garantir a liberdade e a igualdade apenas para os nacionais.
b) Proporcionar direitos fundamentais somente aos cidadãos economicamente ativos.
c) Assegurar o respeito à integridade física e moral de todos os indivíduos.
d) Oferecer benefícios sociais exclusivamente aos residentes legais no país.
e) Privilegiar interesses econômicos em detrimento dos direitos individuais.
29. O crime omissivo impróprio ocorre quando:
a) O agente deixa de praticar uma ação que estava obrigado a realizar e o resultado poderia ser evitado.
b) A omissão do agente não resulta em qualquer consequência penal.
c) O resultado ocorre por ação dolosa do agente.
d) A vítima consente na prática da conduta omitida.
e) O agente é coator e induz outro a praticar o ato ilícito.
30. O princípio da indivisibilidade da ação penal privada significa que:
a) O querelante não pode escolher contra quais autores do fato irá proceder.
b) A vítima pode desistir de processar um dos envolvidos sem prejudicar os demais.
c) A ação penal privada admite a fragmentação do objeto do litígio.
d) O Ministério Público pode intervir apenas parcialmente na ação.
e) A divisão do litígio pode ser feita mediante autorização judicial.
31. O conceito de arrependimento posterior, previsto no Código Penal, refere-se à situação em que:
a) O agente impede voluntariamente a ocorrência do resultado lesivo.
b) O crime não é consumado por circunstâncias alheias à vontade do agente.
c) O agente repara o dano ou restitui a coisa antes do recebimento da denúncia.
d) O agente desiste de prosseguir na execução do crime.
e) A vítima renuncia ao direito de queixa antes da consumação do fato.
32. O princípio do juiz natural no processo penal assegura que:
a) O acusado pode escolher o juiz que julgará seu caso.
b) Nenhuma pessoa será processada ou julgada senão pela autoridade judicial competente previamente estabelecida.
c) Os julgamentos poderão ser realizados por tribunais de exceção, quando autorizados por lei.
d) O Ministério Público poderá atuar como juiz em casos de crimes contra a administração pública.
e) O tribunal escolhido pela vítima poderá atuar em situações excepcionais.
33. No crime doloso, o agente:
a) Age com negligência, imprudência ou imperícia.
b) Assume o risco de produzir o resultado ou o quer diretamente.
c) Não possui consciência da ilicitude de sua conduta.
d) Atua sob coação moral irresistível.
e) Age com intenção de evitar o resultado danoso.
34. O direito ao silêncio, garantido pela Constituição Federal, implica que o acusado:
a) Não poderá ser interrogado pelas autoridades policiais.
b) Não é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
c) Pode recusar-se a comparecer a audiências judiciais.
d) Terá sua confissão desconsiderada em caso de silêncio.
e) Poderá ser condenado exclusivamente com base em seu silêncio.
35. O Código Penal brasileiro adota a teoria finalista da ação, que define crime como:
a) Um fato típico e ilícito, com ou sem culpabilidade.
b) Um comportamento doloso que gera dano irreparável.
c) A violação de uma norma penal sem justa causa.
d) Um fato típico, ilícito e culpável.
e) A prática de um ato contrário à moralidade pública.
36. O princípio da igualdade, previsto no art. 5º, caput, da Constituição Federal, assegura que:
a) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
b) Homens e mulheres têm direitos diferenciados em situações de vulnerabilidade.
c) Os cidadãos brasileiros são mais protegidos que os estrangeiros residentes.
d) A igualdade é relativa às condições econômicas de cada indivíduo.
e) A isonomia aplica-se exclusivamente a relações privadas.
37. De acordo com o Direito Penal, o concurso material de crimes ocorre quando:
a) O agente, mediante uma única ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes.
b) Um único fato típico resulta em várias infrações penais.
c) O agente, por meio de ações distintas, pratica dois ou mais crimes.
d) A pena de um crime é absorvida pela pena mais grave.
e) Um crime é cometido para facilitar a prática de outro.
38. A prisão temporária é uma medida cautelar que pode ser decretada:
a) Por tempo indeterminado, quando a gravidade do crime justificar.
b) Para assegurar a ordem pública após a sentença condenatória.
c) Pelo prazo inicial de até 5 dias, prorrogáveis por igual período, em casos específicos.
d) Como substituição à pena privativa de liberdade.
e) Apenas em crimes culposos que gerem grande repercussão social.
39. A decadência no Direito Penal ocorre quando:
a) O Ministério Público deixa de oferecer denúncia no prazo legal.
b) A vítima perde o direito de representação por inércia dentro do prazo legal.
c) O prazo prescricional é suspenso por motivo de força maior.
d) O acusado não apresenta defesa dentro do prazo estabelecido.
e) A pena aplicada é substituída por restritiva de direitos após o cumprimento parcial.
40. O Código de Processo Penal prevê que o flagrante forjado é:
a) A prisão ilegal de pessoa inocente, simulando-se situação de flagrante delito.
b) A detenção de um agente que confessa a prática de um crime.
c) A prisão em que o autor é capturado logo após cometer o crime.
d) O flagrante realizado com autorização judicial prévia.
e) A prisão efetuada por qualquer cidadão ao presenciar o crime.
41. De acordo com o Direito Constitucional, o princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição Federal, estabelece que:
a) O Poder Executivo é subordinado ao Legislativo.
b) O Judiciário pode criar leis em situações excepcionais.
c) Os poderes são independentes e harmônicos entre si.
d) O Legislativo tem autoridade para anular decisões do Judiciário.
e) O Executivo possui prioridade nas decisões de interesse público.
42. O princípio da razoável duração do processo, garantido pela Constituição Federal, assegura que:
a) Os processos penais devem ser concluídos em até 6 meses.
b) A morosidade processual é tolerada em casos de interesse público.
c) Todos têm direito a um processo célere, com prazos adequados para decisão.
d) Os processos podem ser suspensos indefinidamente por decisão judicial.
e) A duração do processo é definida exclusivamente pelo juiz.
43. No âmbito do Direito Penal, a desistência voluntária ocorre quando:
a) O agente, por vontade própria, desiste de prosseguir na execução do crime, impedindo sua consumação.
b) A vítima impede a consumação do delito antes de sua execução.
c) O agente abandona o plano criminoso após a consumação do fato.
d) O crime não se consuma por motivos alheios à vontade do agente.
e) O resultado do crime é menor do que o esperado pelo agente.
44. A Constituição Federal prevê que o habeas corpus pode ser impetrado para:
a) Garantir a obtenção de provas por parte da defesa.
b) Proteger a liberdade de locomoção contra abuso de autoridade ou ilegalidade.
c) Garantir direitos patrimoniais ameaçados por decisões judiciais.
d) Determinar a suspensão de processos civis em curso.
e) Proteger direitos políticos contra abuso de poder.
45. O crime impossível, previsto no Código Penal, ocorre quando:
a) O agente age com dolo, mas a vítima consente na prática do ato.
b) O agente não possui os meios necessários ou o objeto é absolutamente inidôneo para a consumação do crime.
c) O delito é cometido em circunstâncias de legítima defesa.
d) A tentativa é impedida por terceiros, sem a participação do agente.
e) O resultado pretendido é menor do que o efetivamente ocorrido.
46. O princípio da irretroatividade da lei penal significa que:
a) A lei penal não se aplica a fatos anteriores à sua vigência, salvo para beneficiar o réu.
b) Nenhuma lei penal pode ser revogada após sua publicação.
c) Todas as leis penais devem ter efeitos retroativos.
d) A aplicação de penas deve ser conforme a legislação vigente no momento do julgamento.
e) O Código Penal deve ser interpretado conforme o contexto histórico atual.
47. No Direito Processual Penal, o juiz de garantias é responsável por:
a) Proferir a sentença no julgamento de crimes dolosos contra a vida.
b) Coordenar a execução da pena após a condenação.
c) Garantir a legalidade da investigação e resguardar os direitos fundamentais do investigado.
d) Determinar a prisão preventiva após o recebimento da denúncia.
e) Supervisionar exclusivamente os atos do Ministério Público no processo.
48. No Código Penal, o estado de necessidade é considerado uma excludente de:
a) Tipicidade.
b) Antijuridicidade.
c) Culpabilidade.
d) Punibilidade.
e) Competência.
49. A Constituição Federal prevê a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar:
a) Crimes dolosos contra a vida praticados por governadores.
b) Infrações penais comuns cometidas pelo Presidente da República.
c) Crimes de responsabilidade praticados por prefeitos.
d) Recursos contra decisões de tribunais estaduais.
e) Crimes eleitorais cometidos por parlamentares.
50. A pena restritiva de direitos substitui a privativa de liberdade em casos específicos. Entre essas penas está a prestação pecuniária, que consiste em:
a) Doação de quantia em dinheiro a entidade pública ou privada com destinação social.
b) Trabalho voluntário em projetos assistenciais.
c) Reparação direta do dano à vítima do crime.
d) Redução proporcional da pena mediante pagamento de multa.
e) Devolução de valores obtidos ilicitamente.
51. O princípio do contraditório e da ampla defesa garante que:
a) O réu não precisa ser intimado em nenhuma fase do processo.
b) As partes têm direito de se manifestar e participar efetivamente do processo.
c) O juiz pode dispensar a apresentação de provas pela defesa em casos de confissão.
d) A acusação não está obrigada a compartilhar os elementos da investigação com a defesa.
e) O Ministério Público atua como defensor do réu em casos de absolvição sumária.
52. No Direito Penal, o perdão judicial é aplicado quando:
a) A vítima do crime desiste de prosseguir com a ação penal.
b) O réu é absolvido por insuficiência de provas.
c) A lei faculta ao juiz deixar de aplicar a pena em situações excepcionais.
d) O prazo prescricional do crime já foi superado.
e) O crime é considerado de menor potencial ofensivo.
53. A teoria da actio libera in causa aplica-se quando:
a) O agente se coloca dolosamente ou culposamente em estado de inimputabilidade para praticar o crime.
b) A vítima induz o agente a acreditar que sua conduta é lícita.
c) O resultado do crime é diverso do originalmente pretendido pelo agente.
d) A ação criminosa é interrompida por circunstâncias alheias à vontade do agente.
e) A omissão do agente é considerada penalmente irrelevante.
54. A transação penal, prevista na Lei nº 9.099/1995, permite que:
a) O réu seja condenado sem necessidade de instrução processual.
b) A pena privativa de liberdade seja substituída por multa automaticamente.
c) O autor do fato aceite cumprir pena alternativa para evitar o processo penal.
d) O crime seja arquivado em troca de colaboração premiada.
e) O Ministério Público dispense o inquérito policial em qualquer caso.
55. O prazo prescricional no Direito Penal começa a contar a partir do momento em que:
a) O crime é consumado.
b) O inquérito policial é instaurado.
c) A denúncia é apresentada pelo Ministério Público.
d) O réu é citado para responder à acusação.
e) A sentença penal condenatória é publicada.
56. O princípio da vedação ao bis in idem impede que:
a) Um mesmo crime seja punido mais de uma vez.
b) Um réu seja processado por mais de um juiz ao mesmo tempo.
c) Um acusado tenha penas restritivas e privativas de liberdade simultaneamente.
d) Um crime seja investigado por mais de um órgão de polícia judiciária.
e) Um agente responda por infração administrativa e penal ao mesmo tempo.
57. De acordo com a Constituição Federal, é função exclusiva do Ministério Público:
a) Representar judicialmente a União, os Estados e os Municípios.
b) Defender os interesses dos réus em processos criminais.
c) Promover a ação penal pública e zelar pela ordem jurídica.
d) Julgar os crimes contra a administração pública.
e) Elaborar leis sobre direitos fundamentais.
58. No Direito Penal, o arrependimento eficaz é diferente do arrependimento posterior porque:
a) O eficaz ocorre antes da consumação do crime, e o posterior, após a consumação.
b) O eficaz exige reparação do dano causado, e o posterior, apenas a tentativa de reparação.
c) Ambos são idênticos, mas aplicados a crimes de natureza diferente.
d) O posterior é um atenuante, enquanto o eficaz exclui a tipicidade da conduta.
e) O eficaz ocorre mediante autorização judicial, enquanto o posterior não.
59. A prisão domiciliar poderá ser concedida ao condenado quando:
a) Houver superlotação no sistema prisional.
b) O condenado for maior de 70 anos ou extremamente debilitado por doença grave.
c) A pena privativa de liberdade for superior a 8 anos.
d) O réu solicitar diretamente ao juiz, sem comprovar necessidade.
e) A condenação for por crime hediondo com pena inferior a 4 anos.
60. A Constituição Federal assegura, como cláusula pétrea, que:
a) A ordem econômica pode prevalecer sobre os direitos individuais em casos de urgência.
b) Os direitos e garantias fundamentais não podem ser abolidos por emendas constitucionais.
c) O direito à vida é garantido, salvo nos casos de legítima defesa do Estado.
d) As leis infraconstitucionais podem criar limitações aos direitos fundamentais.
e) Os tratados internacionais de direitos humanos prevalecem sobre a Constituição.
Gabarito
1-C, 2-D, 3-C, 4-B, 5-B, 6-B, 7-B, 8-A, 9-C, 10-A, 11-C, 12-B, 13-B, 14-B, 15-A, 16-A, 17-B, 18-C, 19-B, 20-B, 21-C, 22-C, 23-B, 24-D, 25-B, 26-B, 27-B, 28-C, 29-A, 30-A, 31-C, 32-B, 33-B, 34-B, 35-D, 36-A, 37-C, 38-C, 39-B, 40-A, 41-C, 42-C, 43-A, 44-B, 45-B, 46-A, 47-C, 48-B, 49-B, 50-A, 51-B, 52-C, 53-A, 54-C, 55-A, 56-A, 57-C, 58-A, 59-B, 60-B.