Essas Práticas Comuns No Comércio Podem Te Render Um Processo!
Você pode estar cometendo infrações graves no seu comércio sem perceber — e isso pode gerar multas, processos e muita dor de cabeça. Veja agora os 6 erros mais comuns e como evitá-los! ⚠️💼
FIQUE SABENDO!
Shyrlene Chicanelle
8/1/20253 min read


Você já parou para pensar se as práticas adotadas no seu comércio estão realmente dentro da lei?
Muitos microempreendedores, donos de lojas e prestadores de serviço cometem infrações sem saber — e isso pode gerar multas, fiscalizações do Procon, ações judiciais e até o fechamento do negócio.
Neste artigo, a SC Contabilidade preparou um guia prático e direto ao ponto com os principais erros cometidos por comércios de pequeno porte — e o que você precisa fazer para evitar dor de cabeça.
1. Venda Casada: parece simples, mas é ilegal!
A chamada “venda casada” ocorre quando o consumidor é obrigado a adquirir um produto ou serviço adicional para poder comprar o que realmente deseja.
Exemplo prático: o cliente só pode comprar um celular se aceitar levar a capinha, película ou seguro.
❌ Isso fere o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e é passível de multa e denúncia ao Procon.
Como evitar:
Nunca condicione uma venda à aquisição de outro item.
Ofereça como sugestão, com liberdade de escolha.
Treine sua equipe para não pressionar o cliente.
2. Recusa indevida de venda: “Direito do lojista” tem limite
Muitos comerciantes acreditam que “o estabelecimento se reserva o direito de não vender”, mas essa regra não é absoluta.
Negar atendimento sem motivo justo, como por preconceito, tipo de pagamento ou aparência do cliente, pode ser configurado como discriminação ou prática abusiva.
Exemplo real: recusar venda porque o cliente quer pagar com moedas ou "vai dar trabalho demais".
Como evitar:
Venda a todos que estiverem dentro dos critérios legais: pagamento, produto disponível e condições normais.
Evite julgamentos pessoais ou critérios subjetivos.
3. Cobrança constrangedora: atenção ao tom e ao canal
Cobrar um cliente inadimplente é um direito, mas precisa ser feito com respeito, sigilo e cuidado.
⚠️ Enviar mensagens ofensivas, fazer ameaças ou expor o cliente em redes sociais pode gerar ação por danos morais, com risco de indenização e processo judicial.
Como evitar:
Utilize canais formais (e-mail, carta registrada ou plataformas autorizadas).
Mantenha um tom profissional e educado.
Registre todas as tentativas de contato.
Acione a Justiça em vez de ameaçar.
4. Falta de clareza nos preços: erro grave, fiscalização certa
Deixar produtos sem etiqueta, cobrar valor diferente no caixa ou aplicar promoções mal explicadas pode levar a multas aplicadas pelo Procon.
Além disso, a ausência de informações claras é considerada violação dos direitos do consumidor.
Como evitar:
Mantenha todos os produtos com o preço visível e atualizado.
Respeite o valor anunciado, mesmo que o sistema tenha erro.
Em promoções, informe todas as condições com clareza.
5. Empresa no nome de “laranja”: o atalho mais perigoso
Alguns empresários colocam o CNPJ no nome de terceiros para evitar dívidas, fugir de bloqueios ou manter “ficha limpa”.
⚠️ Essa prática é crime, pode resultar em perda do negócio, bloqueio de bens e responsabilização criminal.
Como evitar:
Formalize seu negócio com seu próprio CPF, mesmo que esteja com restrições.
Procure uma contabilidade de confiança para regularizar sua situação.
Existem formas legais de renegociar e recomeçar com segurança.
6. Regras internas abusivas: cuidado com restrições mal aplicadas
Algumas regras de comércio, quando não bem justificadas, podem ser vistas como abuso contra o consumidor.
Exemplo: exigir consumo mínimo, recusar cartão abaixo de determinado valor, limitar horários de atendimento sem avisar claramente.
Como evitar:
Estabeleça regras com base legal e divulgue de forma clara e visível.
Sempre coloque avisos sobre formas de pagamento no local.
Mantenha coerência entre regras internas e direitos do consumidor.
Conclusão: prevenir é melhor (e mais barato) que indenizar
Em um ambiente cada vez mais fiscalizado e digital, os consumidores estão atentos e bem informados. Pequenos erros, muitas vezes rotineiros, podem virar grandes problemas legais.
Estar em conformidade com a legislação é mais do que uma obrigação:
é uma estratégia inteligente para manter a confiança, crescer de forma sustentável e evitar prejuízos.