Como um Namoro Pode Se Transformar em União Estável: 3 Motivos Esclarecedores

Você sabe se seu namoro já virou união estável? Conheça os 3 principais motivos que podem transformar o seu relacionamento e o que isso pode significar para vocês!

FIQUE SABENDO!

Contadora Shyrlene Chicanelle

9/28/20244 min read

Muitos casais não percebem que suas relações evoluem para uma união estável, o que pode gerar implicações jurídicas importantes, principalmente no caso de uma separação. A seguir, vamos explicar os principais motivos que fazem um namoro se tornar uma união estável, esclarecendo todos os detalhes para que não restem dúvidas.

O que é a União Estável?

A união estável é uma forma de constituição familiar reconhecida pelo Código Civil Brasileiro que assegura direitos semelhantes aos de um casamento. No entanto, não é necessário formalizar o vínculo em cartório para que seja reconhecida, pois a união estável se caracteriza por comportamentos e intenções presentes no relacionamento.

1. Convivência Pública, Frequente e Duradoura

Conforme o artigo 1.723 do Código Civil, a união estável é reconhecida quando há convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir uma família. Essa convivência não precisa ser de longos anos; o importante é que o casal esteja vivendo como se fossem uma família perante a sociedade. Ou seja, os dois se apresentam como um casal em eventos sociais, na comunidade, entre amigos e familiares.

Mesmo que o casal tenha passado por breves separações durante o relacionamento, isso não descaracteriza a convivência contínua e pública, desde que o vínculo seja estável e duradouro.

2. Objetivo de Constituir uma Família

Outro ponto fundamental é o objetivo de constituir uma família. Isso não significa que o casal precisa morar junto, ter filhos ou realizar um casamento formal, mas sim que há um desejo mútuo de criar uma vida juntos. Esse aspecto é mais subjetivo, e costuma ser comprovado pela forma como o casal fala sobre o relacionamento, seus planos para o futuro e a forma como compartilham responsabilidades.

O objetivo de constituir uma família pode ser identificado em atos como:

  • Fazer planos para o futuro juntos (como adquirir um imóvel, viajar, poupar dinheiro em conjunto).

  • Apoiar-se mutuamente em situações cotidianas, como cuidar da casa ou lidar com desafios pessoais e profissionais.

3. Compartilhar a Vida: Bens, Finanças e Decisões

Uma das principais características de uma união estável é o compartilhamento da vida, que inclui a administração conjunta de bens, finanças e a tomada de decisões importantes. Alguns exemplos de situações que podem indicar esse compartilhamento são:

  • Contas bancárias conjuntas: Quando o casal possui uma conta conjunta para gerenciar despesas do lar ou investimentos.

  • Aquisição de bens em conjunto: Comprar um imóvel, carro ou outros bens de forma conjunta.

  • Planejamento de vida e carreira: Apoio mútuo em decisões profissionais, como mudança de emprego, cidade, ou a realização de um empreendimento juntos.

Outros Aspectos que Podem Caracterizar a União Estável

Além desses três fatores, a justiça também analisa outros elementos para confirmar a união estável, como:

  • Reconhecimento Social e Familiar: A sociedade e a família devem reconhecer o casal como um casal com intenções de viver uma vida juntos, e não apenas como namorados.

  • Intenção das Partes: Mesmo que o casal não perceba, a intenção de formar uma união estável pode ser inferida por comportamentos e declarações feitas ao longo do relacionamento.

Como a Justiça Enxerga a União Estável?

Os tribunais costumam analisar cada caso de forma individualizada. Não há um consenso absoluto sobre o tempo mínimo para que uma união estável seja reconhecida, já que o mais relevante é o comportamento do casal. Decisões judiciais têm variado de acordo com a situação e as provas apresentadas.

Por Que Saber Disso é Importante?

Ao reconhecer que seu relacionamento pode ser enquadrado como uma união estável, é crucial entender que ambos os parceiros passam a ter direitos e deveres semelhantes aos de um casamento. Isso inclui questões como:

  • Divisão de bens em caso de separação, pois os bens adquiridos durante a união estável são considerados de ambos.

  • Direito a pensão em caso de falecimento de um dos parceiros.

  • Partilha de dívidas e responsabilidades adquiridas durante o período de convivência.

Como Evitar a Confusão entre Namoro e União Estável?

Para quem deseja manter o relacionamento como namoro e evitar implicações jurídicas, algumas atitudes podem ser tomadas, como:

  • Evitar misturar finanças e bens em nome dos dois.

  • Não se apresentar como casal com intenção de constituir família em eventos formais, documentos, ou contratos.

  • Fazer um contrato de namoro, que é um documento assinado pelo casal declarando que a relação é um namoro e não uma união estável, evitando dúvidas futuras.

Conclusão

É fundamental estar atento aos aspectos que podem transformar um namoro em união estável, especialmente se o casal não tem essa intenção. Conhecer a legislação e as características que definem essa forma de união é uma forma de garantir que o relacionamento seja conduzido de maneira transparente e com consciência dos direitos e deveres envolvidos.

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